Doença de Alzheimer: Causas, Sintomas, Tratamento e Prevenção

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Doença de Alzheimer: Causas, Sintomas, Tratamento e Prevenção

A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta a memória, o pensamento e o comportamento. O Alzheimer representa entre 60% a 80% dos casos de demência no mundo e atinge principalmente pessoas idosas, sendo uma das doenças mais discutidas nos continentes europeu e americano.

Causas do Alzheimer

A causa exata da Doença de Alzheimer ainda não é completamente compreendida, mas pesquisadores identificaram vários fatores que contribuem para o seu desenvolvimento:

  1. Depósitos de Proteínas no Cérebro: No cérebro de pessoas com Alzheimer, observa-se o acúmulo de proteínas anormais, conhecidas como placas amiloides e emaranhados de tau. Essas proteínas danificam e matam as células cerebrais, resultando em perda de função cognitiva.
  2. Fatores Genéticos: A hereditariedade pode desempenhar um papel significativo no Alzheimer, especialmente no caso de formas raras e precoces da doença. Indivíduos com parentes de primeiro grau com Alzheimer têm maior risco de desenvolvê-la.
  3. Idade: O principal fator de risco é o envelhecimento. A maioria dos casos ocorre em pessoas com 65 anos ou mais.
  4. Estilo de Vida e Saúde Cardiovascular: Fatores como hipertensão, colesterol elevado, diabetes, obesidade, sedentarismo e tabagismo podem aumentar o risco de Alzheimer, uma vez que afetam o fluxo sanguíneo e o suprimento de oxigênio no cérebro.
  5. Histórico Familiar: A presença de parentes próximos com Alzheimer aumenta a probabilidade de desenvolvimento da doença, embora não seja uma garantia de que a condição será herdada.

Sintomas do Alzheimer

Os sintomas da Doença de Alzheimer variam em intensidade e progressão, mas geralmente se desenvolvem de forma gradual. Os principais sinais incluem:

  1. Perda de Memória: A perda de memória é o sintoma mais reconhecido do Alzheimer. No início, o esquecimento pode ser sutil, como a dificuldade de lembrar eventos recentes ou informações importantes. Com o tempo, a perda de memória se torna mais grave.
  2. Dificuldade de Pensamento e Raciocínio: As pessoas com Alzheimer podem ter dificuldades para planejar, organizar tarefas simples e resolver problemas.
  3. Desorientação no Tempo e Espaço: Pacientes podem se perder facilmente em locais familiares, não se lembrar de datas importantes ou até mesmo do próprio endereço.
  4. Mudanças de Humor e Comportamento: A doença também afeta o humor e o comportamento, levando à ansiedade, depressão, confusão, desconfiança e, em alguns casos, agressividade.
  5. Problemas com a Linguagem: Dificuldade para encontrar palavras ou seguir uma conversa é outro sintoma comum, tornando-se mais pronunciado com a progressão da doença.
  6. Perda de Habilidades Motoras e Sensoriais: Nos estágios avançados, o Alzheimer pode afetar habilidades motoras, como a capacidade de caminhar, se vestir e realizar atividades diárias básicas.

Estágios da Doença de Alzheimer

  1. Estágio Inicial: Nos primeiros estágios, os sintomas são sutis e frequentemente confundidos com sinais normais de envelhecimento. A memória recente começa a falhar, mas o paciente ainda é capaz de realizar a maioria das suas atividades diárias.
  2. Estágio Moderado: A perda de memória e as dificuldades cognitivas tornam-se mais evidentes, impactando o trabalho, a vida social e as atividades cotidianas. Os pacientes podem esquecer informações importantes e não conseguir tomar decisões.
  3. Estágio Avançado: Neste estágio, os pacientes perdem a capacidade de realizar atividades diárias e precisam de cuidados constantes. A comunicação verbal é severamente prejudicada e o paciente pode não reconhecer amigos e familiares.

Diagnóstico do Alzheimer

O diagnóstico do Alzheimer envolve uma combinação de exames médicos e avaliações cognitivas:

  1. Avaliação Cognitiva: Testes que medem a memória, habilidades de resolução de problemas e habilidades linguísticas são usados para identificar déficits cognitivos.
  2. Exames de Imagem: Exames como tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM) podem ser usados para detectar alterações no cérebro, como atrofia e a presença de placas.
  3. Exames de Sangue e Neurológicos: Os exames de sangue ajudam a descartar outras causas possíveis de declínio cognitivo, como deficiência de vitaminas ou desequilíbrios hormonais.
  4. Histórico Médico e Familiar: O médico também investiga o histórico de saúde do paciente e se há casos familiares de Alzheimer ou outras formas de demência.

Tratamento do Alzheimer

Atualmente, não existe uma cura para o Alzheimer, mas há tratamentos disponíveis que ajudam a controlar os sintomas e retardar a progressão da doença.

  1. Medicamentos:
    • Inibidores da colinesterase: Aumentam os níveis de neurotransmissores no cérebro, melhorando a comunicação entre as células nervosas.
    • Memantina: Utilizada nos estágios moderados a avançados da doença, ajuda a regular a atividade do glutamato, um neurotransmissor envolvido no aprendizado e memória.
  2. Terapias Não Medicamentosas:
    • Terapia cognitiva: Envolve atividades e exercícios que estimulam a memória e o pensamento.
    • Exercícios físicos: Praticar exercícios regularmente pode ajudar a manter as habilidades motoras e reduzir o risco de doenças cardiovasculares, que agravam o Alzheimer.
  3. Cuidado e Apoio aos Cuidadores:
    • É fundamental que cuidadores de pacientes com Alzheimer recebam suporte emocional e tenham acesso a informações para ajudá-los a cuidar de seus entes queridos. Grupos de apoio e aconselhamento podem ser muito úteis.

Prevenção do Alzheimer

Embora não seja possível prevenir totalmente a Doença de Alzheimer, existem algumas medidas que podem reduzir o risco:

  1. Manter uma Alimentação Saudável: Dietas ricas em frutas, vegetais, grãos integrais e peixe, como a dieta mediterrânea, podem proteger contra o Alzheimer.
  2. Atividade Física Regular: Exercícios aeróbicos ajudam a manter o fluxo sanguíneo adequado ao cérebro e reduzem o risco de doenças cardiovasculares, que estão associadas ao Alzheimer.
  3. Atividade Mental: Manter o cérebro ativo através da leitura, jogos de memória e aprendizagem de novas habilidades pode atrasar o início da doença.
  4. Controle de Doenças Crônicas: Monitorar e tratar doenças como hipertensão, diabetes e colesterol alto pode ajudar a proteger o cérebro de danos.

Conclusão

A Doença de Alzheimer é uma condição desafiadora que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. O diagnóstico precoce, juntamente com o tratamento adequado, pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias. Além disso, manter um estilo de vida saudável e ativo pode ajudar a reduzir o risco de desenvolver a doença.

Referências:

  1. World Health Organization (WHO). “Alzheimer’s Disease.” Disponível em: www.who.int.
  2. Alzheimer’s Association. “What is Alzheimer’s Disease?” Disponível em: www.alz.org.
  3. Centers for Disease Control and Prevention (CDC). “Alzheimer’s Disease.” Disponível em: www.cdc.gov.
  4. Ministério da Saúde de Portugal. “Plano Nacional de Saúde – Doenças Neurodegenerativas.” Disponível em: www.dgs.pt.

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